Independiente é campeão e coloca Grêmio na Libertadores

Argentinos derrotaram o Goiás nos pênaltis, após vitória por 3 a 1 no tempo normal

Independiente é campeão e coloca Grêmio na Libertadores. Clique e veja mais fotos Crédito: Juan Mabromata / AFP / CP A secação deu certo. O Goiás fez bastante força em Avellaneda, mas perdeu o título da Copa Sul-Americana e, consequentemente, a vaga na Libertadores, que foi herdada pelo Grêmio. Diante de um mar vermelho e branco nas arquibancadas, o Independiente – que jogou de azul – ficou com o título da competição ao vencer os brasileiros por 3 a 1 no tempo normal e 5 a 3, nos pênaltis. Com o resultado, o time argentino enfrentará o Inter na Recopa do ano que vem. Outro reflexo no futebol gaúcho é a classificação do São José para a Copa do Brasil 2011. Independiente faz valer a pressão na etapa inicial... Com o estádio Libertadores da América abarrotado, o Independiente partiu para o abafa contra o Goiás, na tentativa de reverter – se possível rápido – a desvantagem do primeiro jogo. Ainda assim, as duas equipes protagonizaram um duelo fraco tecnicamente. Nada, porém, que diminuísse a tensão dos minutos seguintes. Principalmente a partir do 18º, quando os donos da casa abriram o placar, com Velázquez, que aproveitou o rebote de uma defesa à queima-roupa de Harlei. O caldeirão, então, ferveu de vez. Mas o Goiás tratou de esfriar os ânimos castelhanos rapidamente. Aos 21, Wellington Saci cruzou da esquerda e Rafael Moura cabeceou no contrapé do goleiro Navarro. Tudo igual. No entanto, o esmeraldino não soube segurar a vantagem. Melhor para os argentinos, que marcaram dois nos minutos seguintes, ambos com Parra. Ambos esquisitos. No primeiro, a bola bateu no atacante após Ernando cortar um lançamento. Ela encobriu Harlei e anotou o 2 a 1 no placar. Aos 33, ele dividiu com Marcão e, com a bola caindo, tocou para o gol, surpreendendo o goleiro. Os brasileiros ficaram reclamando falta no ex-zagueiro do Inter. Goiás equilibra no segundo tempo... O Goiás conseguiu reequilibrar o confronto após os 24 minutos de intervalo. Da mesma forma, o Independiente foi menos incisivo. A decisão da Sul-Americana ficou, então, concentrada em lances mais disputados no meio de campo do que perto das áreas. O time brasileiro chegou a ter ótima chance, com Rafael Moura, aos 18. O camisa 9 deixou dois marcadores no chão, contudo chutou em cima do goleiro. Ao mesmo tempo que a equipe brasileira cresceu, o cansaço apareceu nos donos da casa. O jogo ganhou ares de tensão, e as chances, se escassearam. Mas ainda assim, Rafael Moura perdeu oportunidade incrível aos 44. Ele recebeu na pequena área, porém chutou para fora. A decisão do título ficou adiada. ...domina a prorrogação... Na prorrogação, o Goiás mostrou melhor preparação física e foi jogando os adversários no campo de defesa. Felipe, no início, quase marcou. Os argentinos responderam com Cabrera, que exigiu boa defesa de Harlei. Na segunda etapa, o Goiás chegou a acertar uma na trave e um gol anulado. Mas a bola teimou em não entrar. ...mas perde nos pênaltis Depois de 120 minutos de indefinição, Goiás e Independiente decidiram quem seria o campeão nas penalidades máximas. Felipe errou a única cobrança e acabou sendo fatal. Os argentinos acertaram todas as suas e garantiram o título ao ganharem por 5 a 3. Após mais de duas horas de tensão, Avellaneda transformou-se no palco de uma grande festa. O mesmo clima da metade azul do Rio Grande do Sul, que terá o Liverpool, do Uruguai, como primeiro adversário no torneio mais importante da América do Sul no ano que vem. Copa Sul-Americana 2010 - Final Independiente 3 (5) Navarro; Velázquez, Tuzzio, Matheu e Mareque; Cabrera, Battión, Rodríguez (Grancian), Fredes (M. Velázquez) e Martinez (Gomez); Parra. Técnico: Antonio Mohamed. Goiás 1 (3) Harlei; Ernando, Rafael Toloi e Marcão; Douglas (Éverton Santos), Amaral, Carlos Alberto, Marcelo Costa e Saci; Otacílio Neto (Felipe) e Rafael Moura. Técnico: Arthur Neto. Gols: Velázquez (18/1º); Rafael Moura (21/1º), Parra (26/1º e 33/1º) Cartões amarelos: Tuzzio, Matheu, Velázquez e Navarro; Otacílio Neto e Rafael Moura Árbitro: Oscar Ruiz (COL), auxiliado por Abraham González (COL) e Humberto Clavijo (COL). Local: estádio Libertadores da América, em Avellaneda.