sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Fundador afirma que WikiLeaks sofre 'investigação agressiva' dos EUA


O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, disse nesta sexta-feira (17) que ele e sua organização enfrentam uma "investigação agressiva" por parte das autoridades dos EUA, depois do vazamento de correspondência diplomática norte-americana.
Assange deu entrevista em frente à mansão de Suffolk onde cumpre a liberdade condicional obtida na véspera. Ele estava preso acusado de abusos sexuais cometidos em agosto na Suécia.
Questionado se está sofrendo uma "conspiração" dos EUA, ele respondeu: "Eu diria que existe uma investigação muito agressiva".
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, dá entrevista nesta sexta-feira (17) em Suffolk, em frente à casa em que está hospedado.O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, dá entrevista nesta sexta-feira (17) em Suffolk, em frente à casa em que está hospedado. (Foto: AFP)
O australiano reclamou que seu site está sofrendo ataques "legais e técnicos", mas que vai "suportar a decapitação".
Assange também afirmou que a maior parte dos ataques contra seu site não vieram de governos, mas de bancos em Dubai, na Suíça, no Reino Unido e nos EUA.
"Meus advogados me informaram que estará em curso nova tentativa de difamação", disse."Minha sensação é a de que há um número de interesses diferentes, pessoais, nacionais e internacionais, que se alimentam com este processo, que se encorajam", disse, sugerindo que novas revelações podem ser feitas a partir desta sexta-feira.
"Ouvimos hoje de um de meus advogados nos Estados Unidos, e isto ainda deve ser confirmado, mas é uma questão séria, que pode haver uma acusação por espionagem contra mim nos Estados Unidos, vinda de uma investigação secreta de um grande júri americano", disse .
"O maior risco, o risco que preocupa a todos nós, é a extradição para os Estados Unidos. E isso parece ficar cada vez mais sério e cada vez mais provável", declarou à imprensa o australiano de 39 anos.
Ele voltou a dizer que não viu ainda as provas que as autoridades suecas têm contra ele no caso de abusos sexuais e manifestou inquietação com o fato de que os EUA podem começar um processo contra ele.
Questionado sobre Bradley Manning, o ex-analista de inteligência dos EUA suspeito do vazamento, Assange disse que a política do WikiLeaks é não saber de onde vêm os documentos que recebe, por considerar esta a melhor maneira de proteger suas fontes.
Em Washington, muitos defendem um processo por "espionagem" contra o fundador do WikiLeaks, que continua a revelar centenas de milhares de documentos diplomáticos embaraçosos para os Estados Unidos.
Uma porta-voz da Justiça americana confirmou a existência de uma "investigação em curso contra o WikiLeaks".

Com informações do site G1.
Todo mundo sabe que Asssange, eleito personalidade do ano em votação popular pela revista Americana Time, está sendo vítima de uma manobra diplomática muito  bem armada por Washington. 
Os Americanos estão tentando achar brechas na lei para processar Assange. Mas como ele mesmo disse, mesmo que esteja preso seu site não vai parar. O trabalho de jogar porcaria no ventilador e embaraçar a diplomacia americana e do mundo vai continuar.
Mas esse caso nos faz refletir. Qual o limite da confidencialidade nesses tempos de Internet? Qualquer pessoa que tenha informação sigilosa pode vazar o documento pela rede de computadores e causar grande repercussão.

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